Vocês sabiam que as abelhas têm funções importantíssimas para o equilíbrio da natureza e manutenção da biodiversidade? Pois é, esses pequenos seres ajudam na polinização das flores e consequentemente, auxiliam na geração de frutas e verduras mais saborosas, suculentas e nutritivas. Além disso, ainda produzem o delicioso mel, importante fonte de carboidrato.
“Quando você tem uma fruta bem polinizada ela contém sementes mais fortes, vigorosas e resistentes, garantia de gerações futuras de árvores saudáveis, produtivas e resistentes”, conta Heráclito Sette, um dos fundadores do Meliponário Educador do Sítio Geranium.
Inaugurado no segundo semestre de 2014, esse meliponário objetiva divulgar a relevância das abelhas para o ecossistema e a conscientização ECOpedagógica da população, especialmente jovens e crianças. No Meliponário Educador há abelhas das espécies mandaçaia, mirim, marmelada, borá, cupira, jataí e mandaguari, todas nativas e sem ferrão. O Brasil tem uma média de 300 espécies de abelhas, dessas em torno de 90% não são sociais, isto é, vivem solitárias sem formação de colmeia. Um exemplo são alguns tipos de vespas que vivem só ou em grupos de 4 a 12 indivíduos.
“A ideia do Meliponário é fazer com que as pessoas conheçam as abelhas nativas, amem e as respeitem para então preservá-las”, sintetiza Heráclito.
A motivação para o desenvolvimento do trabalho com abelhas no Sítio, por meio do Meliponário Educador e de outros cursos nessa área, vai muito além do bem-estar ligado apenas ao ambiente do Geranium. “A vontade de atuar com abelhas veio da reflexão sobre a bagunça em que se encontra nosso planeta. Se somarmos as espécies de animais e fauna que estamos perdendo, a alteração do clima, a diminuição da reserva das sementes criolas e de água devido à perda das nossas matas para plantar soja, milho e cana, dá uma conta que não fecha, pois o lucro é ilusório. Diante disso, temos que atuar para reverter essa situação. O Sítio atua com essa finalidade e ainda consegue manter uma reserva ecológica no meio da cidade”, comenta Heráclito.
Escrita por Thaís Rohrer